Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A experiência do Reino Unido na organização das Olimpíadas 2012 na área de saúde foi tema hoje (18) de conferência com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os profissionais apresentaram as ações de vigilância, promoção de saúde, resposta rápida a agravos e eventos inusitados durante o período dos Jogos, além do legado que ficou dessas ações.
De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, Alexandre Chieppe, apesar do sistema inglês ser universal como o nosso, é necessário avaliar as dificuldades, adaptando as soluções à nossa realidade.
“Eles têm um sistema de notificação por síndrome clínica. Isso dá uma boa ideia se determinado sinal ou sintoma que um grupo de pessoas está apresentando, nas Olimpíadas ou na Copa, é um processo normal para aquela época do ano, para aquele local [de procedência] ou não, se já pode significar o início de um surto de uma epidemia de determinada doença”, disse.
Este ano, o Rio de Janeiro se prepara para receber 2 milhões de pessoas na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorre de 23 a 28 de julho. De 15 a 30 de junho, ocorrerá a Copa das Confederações. Segundo Chieppe, os dois eventos são diferentes, mas a preparação para a JMJ, que tem uma expectativa de público muito maior, também será usada para o evento esportivo, que servirá de teste para as ações planejadas.
“Se você for pensar bem, uma das poucas coisas que podem transformar um evento em uma verdadeira catástrofe é a saúde, né? Porque a ocorrência de um surto de doenças, de uma transmissão por contaminação de alimentar ou por água para uma delegação, pode se transformar em uma verdadeira catástrofe. Além disso, tem a questão da saúde das pessoas que estão vindo”.
Entre as ações programadas está a suspensão de férias dos profissionais envolvidos no atendimento durante o período e a possibilidade de montar hospitais de campanha e usar a Força Estadual de Saúde, que pode contratar profissionais por decreto em situações de emergência. Além disso, está sendo montado um manual para orientar os profissionais sobre doenças que podem ocorrer em outros países e um site com informações para auxiliar na conduta terapêutica.
Também vai ser disponibilizado na internet as orientações voltada para os turistas, com orientações gerais como calendário de vacinas, cuidados com a exposição ao sol e acidente com animal peçonhento. O site deve ficar pronto em abril e um link será colocado nas páginas oficiais dos grandes eventos.
Edição: Aécio Amado
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